A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) sugere uma mudança significativa na jornada de trabalho no Brasil. Seu objetivo não é apenas pôr fim ao regime de seis dias trabalhados com uma folga (6×1), mas também viabilizar uma jornada semanal de quatro dias, seguindo o modelo 4×3. A proposta visa reduzir o total de horas trabalhadas semanalmente, estabelecendo um limite de 36 horas, sem alterar o teto diário de oito horas, conforme assegurado pela Constituição.

Erika Hilton destaca que a proposta acompanha uma tendência global de flexibilização do trabalho, defendendo que a redução da jornada pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e elevar a produtividade. Estudos internacionais, como o realizado no Reino Unido, revelam resultados positivos para empregados e empresas com esse modelo: aumento do bem-estar, diminuição de sintomas de burnout, redução da rotatividade e até mesmo leve crescimento na receita empresarial.

Para a PEC avançar no Congresso, são necessários pelo menos 171 apoiadores. Até o momento, aproximadamente 100 parlamentares já endossaram a iniciativa, motivados pelo crescente apoio popular e pela discussão nas redes sociais.

Hilton esclarece que a intenção da PEC é abrir o debate, e não impor um modelo rígido. O foco, segundo ela, é garantir o mesmo nível salarial para os trabalhadores, sem prejuízo econômico para as famílias. A ideia ainda enfrenta resistência no empresariado e na esfera política, especialmente de partidos à direita. No entanto, o apoio de siglas como PSB está sendo buscado, e a campanha ganhou força nas redes sociais, onde milhões de brasileiros já demonstraram apoio à iniciativa.

Por meio dessa proposta, o Brasil poderia se alinhar às práticas de flexibilização de outros países, consolidando uma posição inovadora nas políticas de trabalho.

Fonte: Jornal O Globo/ Créditos da imagem: Metrópoles.

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